sábado, 15 de fevereiro de 2014

Branco


A ideia de que o mar é sempre azul ou verde de estado natural , castanho ou cinzento em dias de tempestade é uma grosseira simplificação da natureza liquida.

O mar também é branco, o que em dias de sol e tempestade se assemelha a um gigantesco monte de gelo instável, sempre à beira de uma avalanche.

(uma equação difícil de captar porque o branco fere a lente e retira a dimensão do contraste)

Os elementos da terra e do mar sempre se encontram nalgum lugar (enquanto espaço e tempo), a margem, a costa ou a fronteira.

O imenso branco que invade a terra não é pois necessariamente glaciar, movendo-se em avanços e recuos de minutos, nada que consiga ser explicado pela ciência das cíclicas mudanças climáticas.

Ao longe (eventualmente em contradição com o ao perto) todos os elementos humanos da paisagem parecem imóveis perante a força dos elementos.

O horizonte desfocado e não alcançável ( o infinito, o inexplicável) tende sempre a nos proporcionar uma visão dis(torcida)tante das reais tormentas que nos invadem
























































































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