domingo, 13 de julho de 2014

A revolta da cidade fantasma

E quase tudo o tempo levou!
Não é necessário abrir compêndio de História para encontrar exemplos de decadência urbana, em antecipação ao desaparecimento civilizacional de uma época que as gerações não se dão conta, porque é um processo lento, contínuo e sem sobressaltos. Acontece, apenas!
Há pois lugares que se abandonam ao passado, deixando os seus vestígios à mercê dos salteadores das ruínas do tempo, que procuram transformar a solidão dos espaços, antes elementos integrantes da vida das pessoas, em mensageiros de uma ordem perdida de que poucos se apercebem e ninguém lê.
Assim se manifesta o direito à revolta nas ruas da cidade fantasma, que não submergiu com o esgotamento de filões de ouro, mas apenas do cansaço dos espaços livres e do apagamento do rio.
Ou de outra coisa qualquer!